Tento escrever o que está dentro de mim, mas é tudo em vão.
Não sei expressar os sentimentos, apenas sinto-os.
Mas esse sentir é tão meu, tão profundamente meu que nada faz com que os outros possam vê-los.
Meus sentimentos, tão meus, tão loucamente meus, são tolos, bobos, infantis.
Sei o que sinto, mas sei como dizê-lo.
Sei porque sei e ponto.
Quanto mais procuro entender o que há dentro de mim, mais me perco, mais me "desentendo", mas confusa fico.
E nesse me perder procuro encontrar no outro meu equilíbrio.
Procuro refúgios, aconchegos, amores...
Sei que nada disso virá, que essa busca é só minha, intimamente minha.
Mas buscar o quê?
Quem eu sou?
Quem eu posso ser?
Quem eu serei?
Não, essas respostas ninguém tem, nem nunca terá.
Sou o meu presente, o meu agora, o meu eu com todas as confusões e desatinos tão próprios de mim.
Entender-me? Deixo isso para os loucos. Pois só os loucos podem explicar o que a razão jamais explicaria...